segunda-feira, 22 de junho de 2009

Operação Onda do Mar: pela terra e pelo mar...

Neste domingo, teve lugar na margem sul mais uma sessão de confrontos violentos entre os suspeitos do costume. O terreno encontra-se mais bem batido e melhor trabalhado, e os índices de confiança dos guerrilheiros estão ao nível da temperatura que se fazia sentir. Enquanto que o cidadão comum se banhava nas praias inconsciente dos perigos que o rodeiam, decorria talvez bem perto dele, uma batalha sem paralelo.
As trocas de tiro nos estreitos corredores a leste são intervaladas pelo cantar das metralhadoras mais a oeste, no piso superior. Há corrida, emboscada, emoção e munição gasta ou perdida no mato denso. Os ferimentos acompanham-nos ao longo da tarde mas não há tempo para lágrimas: apenas há sangue e suor.

Contudo, o que interessa relatar acerca desta tarde de domingo ainda vem a caminho (até ao momento não interessa nada, a não ser talvez os salmonetes grelhados do almoço que estavam excelentes). A Verdadeira história remete-nos para o final da tarde quando é detectado no radar um desembarque de uma força inimiga letal. Imediatamente são elaborados planos de contra-ataque sob o desígnio de Operação Onda do Mar, da qual já existem t-shirts alusivas. A força inimiga é capturada e torturada (seguindo as orientações de Genebra), para aprender e não repetir a brincadeira para a próxima. Para isso serviram as modernas tacticas de psicologia militar em que os soldados capturados são obrigados a lavar a roupa no rio ou então apenas executados com tiros mesmo no meio da testa ou boca.


Aqui estão as provas de que ocorreu um desembarque de uma força inimiga. Também aqui se encontram algures provas que existem armas de destruição massiva no Iraque.

Este rapaz desfila aqui com a t-shirt bordada pelo Tenente exclusivamente para esta operação. Para encomendas contacte por correio electrónico.
Os capturados na hora do castigo.

domingo, 14 de junho de 2009

Ainda cheira a betadine no ar...

Voltou o bom tempo e chegaram os emigrantes. Estavam portanto criadas as condições para retirar as armas de debaixo da cama, da gaveta das meias, de trás da sanita, da mala do carro, do porta-luvas do carro, debaixo do banco do carro ou do interior daquele livro grosso que está na sala, conforme os casos. Cada um como cada qual. O que importa, no fundo, é o respeito e amizade que nos une, que nos possibilita passar uma tarde inteira à cartuchada uns aos outros.

Este domingo abriu assim, com todo o nível e algum sangue, a temporada anual de caça, que havia sido interrompida pelos dias frios e chuvosos de inverno. A tarde até começou inglória devido à alarmante descoberta de que a nossa reserva habitual de caça se encontrava ocupada por uma outra equipa que nos pareceu a todos bastante amadora mas fortemente armada. A moção para os expulsar não passou com 4 votos contra, uma vez que não nos encontrávamos em superioridade numérica de pelo menos 3 para 1.
Mudámos então o nosso destino para uma outra localização que, para nosso azar, também se encontrava ocupada, desta vez por uma malta que manda bolas de tinta uns aos outros. Se bem que o nível deste tipo de gente seja bastante inferior ao nosso, encontrávamo-nos sobejamente inferiorizados numericamente e ninguém queria ir pintado para casa. O skip já não tira todas as nódoas infelizmente; há que pensar na roupa.
Finalmente, lá descobrimos um novo sitio onde pudemos fazer inveja a muita gente que até foi à tropa. O gatilho esteve sempre em destaque e as trocas de tiros foram constantes, com muita emboscada, corrida e malta a guinchar. Destaque para as tácticas cobardes dos manos G.I. JOCA e FÚRIA RASTEJANTE, que lhes possibilitou amealhar muitas vitórias sem qualquer tipo de brilho, honra ou glória. O desrespeito pelas regras foi aliás uma constante, assumindo o seu expoente máximo quando uma senhora idosa, 4 cães e uma cobra furaram o perimetro, todos claramente em conluio com a dita equipa. Sim, aparentemente todos os citados receberam "luvas" para distrair a equipa favorita, enquanto que a maléfica equipa adversária aproveitava para se esconder noutros locais. É esta a história da tarde.

A zona de caça: campo aberto em área de pinhal com uma ruína de uma casa semi-enterrada num vale estreito.
Antes da caçada convém verificar o estado da arma...
... Confirmar que se tem munição, de preferência num alvo em movimento...
... e treinar os gritos de vitória para intimidar o adversário.