Voltou o bom tempo e chegaram os emigrantes. Estavam portanto criadas as condições para retirar as armas de debaixo da cama, da gaveta das meias, de trás da sanita, da mala do carro, do porta-luvas do carro, debaixo do banco do carro ou do interior daquele livro grosso que está na sala, conforme os casos. Cada um como cada qual. O que importa, no fundo, é o respeito e amizade que nos une, que nos possibilita passar uma tarde inteira à cartuchada uns aos outros.
Este domingo abriu assim, com todo o nível e algum sangue, a temporada anual de caça, que havia sido interrompida pelos dias frios e chuvosos de inverno. A tarde até começou inglória devido à alarmante descoberta de que a nossa reserva habitual de caça se encontrava ocupada por uma outra equipa que nos pareceu a todos bastante amadora mas fortemente armada. A moção para os expulsar não passou com 4 votos contra, uma vez que não nos encontrávamos em superioridade numérica de pelo menos 3 para 1.
Mudámos então o nosso destino para uma outra localização que, para nosso azar, também se encontrava ocupada, desta vez por uma malta que manda bolas de tinta uns aos outros. Se bem que o nível deste tipo de gente seja bastante inferior ao nosso, encontrávamo-nos sobejamente inferiorizados numericamente e ninguém queria ir pintado para casa. O skip já não tira todas as nódoas infelizmente; há que pensar na roupa.
Finalmente, lá descobrimos um novo sitio onde pudemos fazer inveja a muita gente que até foi à tropa. O gatilho esteve sempre em destaque e as trocas de tiros foram constantes, com muita emboscada, corrida e malta a guinchar. Destaque para as tácticas cobardes dos manos G.I. JOCA e FÚRIA RASTEJANTE, que lhes possibilitou amealhar muitas vitórias sem qualquer tipo de brilho, honra ou glória. O desrespeito pelas regras foi aliás uma constante, assumindo o seu expoente máximo quando uma senhora idosa, 4 cães e uma cobra furaram o perimetro, todos claramente em conluio com a dita equipa. Sim, aparentemente todos os citados receberam "luvas" para distrair a equipa favorita, enquanto que a maléfica equipa adversária aproveitava para se esconder noutros locais. É esta a história da tarde.




2 comentários:
Estamos de volta!
Quem é vivo...
(domingo há mais)
Sim, no próximo domingo as feridas já devem estar saradas.
Pelo sim pelo não acho que vou instalar umas armadilhas para ursos no local (para dar ainda mais emoção)...
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